Tuesday, November 17, 2009

Tuesday, November 03, 2009

Friday, September 18, 2009

Saturday, September 12, 2009

Wednesday, August 19, 2009

Sunday, August 16, 2009

Sunday, August 02, 2009

Saturday, July 25, 2009

Tuesday, July 21, 2009

Narcóticos Anónimos

Há sortudos que se perdem nos prazeres do jogo, outros viciam-se numa qualquer religião e alguns não conseguem viver sem se embebedarem com poder. Os mais machos agarram-se ao seu machismo e não conseguem passar sem as suas putas. As almas caridosas ajudam os mais desafortunados, doentes e pobres. Os viciados mais artísticos não conseguem passar uma hora sem agarrar numa caneta e fazer uma linha, com sorte uma página inteira. Outros preferem pegar num lápis e fazer uns riscos. Os que têm mais talento lá conseguem fazer, de vez em quando, um desenho que se perceba. Os mais alucinados perdem-se pelas suas musas. Talvez um dia consigam pintar aquela tela. Há quem se agarre à cocaína, os menos abonados ao seu parente pobre, o crack. Outros apaixonam-se pelo òpio e seus derivados igualmente pesados, heroína e afins. Uns conseguem largar esses monstros para logo em seguida se agarrarem a outros como a metadona, Serenal ou Rohypnol. Outros agarram-se a outras plantas, mais leves mas igualmente ilegais. Muitos não conseguem viver sem as suas drogas, umas duras outras leves mas todas legais: álcool, nicotina, cafeína, Prozac, Xanax, Lexotan e um monte de merdas do mesmo género. Há mulheres que não conseguem ser felizes se não comprarem aquele par de sapatos, aquele vestido ou o novo verniz daquela marca francesa que só vão pôr uma vez e que vai envelhecer ao lado de outros frascos de verniz e baton da mesma marca, porque aquela é que é. Muitos são dependentes do futebol, dos resultados da jornada para conseguirem ganhar algum prazer na sua existência. Há muita gente a correr por prazer, a cantar, a ler ou a sonhar, há ainda aqueles que apenas crêem. Em alguma coisa, eles nem sabem bem o quê. O que interessa é acreditar. Os ladrões precisam de roubar os outros, para só assim, obterem alguma satisfação nas suas malfadadas vidas. Os que têm espingardas são adictos na arte de bem matar as suas presas, sejam elas pessoas, aves de caça, hipopótamos ou elefantes. O que interessa é chegar a casa com um escalpe, é esse o seu escape. Durante o nosso vaguear por esta minúscula partícula que paira no universo agarramo-nos, cada um à nossa maneira, a coisas que inexplicavelmente nos trazem satisfação. Precisamos de preencher a nossa vida com qualquer coisa para que esta faça, senão todo, pelo menos algum sentido. A forma como o atingimos torna-se, a partir de certa altura, totalmente irrelevante, seja a maneira que arranjamos para chegar ao nosso mel/veneno (depende do ponto de vista): legal ou ilegal, imoral ou perverso. Aceitável ou condenável. Precisamos de sensações para nos sentirmos vivos, para nos esquecermos que caminhamos todos, por caminhos diferentes, para o mesmo fim, a morte. Todos necessitamos de doses diárias de alguma coisa, seja isso o consumo de drogas, uma nova sensação, outra ida às compras porque a de ontem não foi suficiente e só hoje é que começam os saldos, mais uma foda porque a de manhã soube a pouco, mais uma dezena do terço porque hoje ainda só rezei duzentas e vinte e três ou só mais um tag na parede imaculada deste prédio acabado de restaurar. Não há inocentes nem abstémios, somos todos junkies e culpados. Andamos sempre à procura de alguma coisa e, por vezes, acabamos por nos agarrar a isso. Durante um largo período de tempo agarrei-me à ideia que tudo girava à minha volta, que era o centro do mundo. Há uns meses deixei de querer isso, ou de querer acreditar nisso. Deixei de ter vontade de lutar por isso ou de ser aquilo que talvez fosse. Isto que talvez seja. Hoje tive uma recaída e dei um passo que tanto pode ser o primeiro em direcção à minha cura, ou o último rumo ao abismo.

Tuesday, July 07, 2009

So many

Words make you think a thought. Music makes you feel a feeling. A song makes you feel a thought.”

E. Y. Harburg

Friday, June 26, 2009

Welcome to heaven!


Where nothing ever happens and daily routines are boring as hell.

Tuesday, June 09, 2009

Monday, May 18, 2009

Melting Pot

Want to pick
Not to be picked

Ambushed and firmly pushed
Into this and into that

To undress
What is wrapped

To discover
What is trapped

To succeed
On what´s to come

To hear the flow
And touch that glow

That will melt the white
From all the snow

Saturday, May 16, 2009

No need to answer

Adrift in between
A set of undeniable true facts
And imagined science fiction

You´re still lost
In that state of blind ambition

Still trying
Gently burning
And slowly dying
While you hear that drum
Neighboring your lung
Continually pounding
Am I alive or finally dead?
Immortalized?

Ficheiros Secretos

Há toda uma enormidade de desenhos e poemas desprovidos de qualquer nexo, salpicos de tinta confusos, labirintos de riscos em todas as direcções, aforismos e afins que nunca sairam das folhas de papel dos meus livros de rascunhos. Muitos porque são pura e simplesmente horríveis. Outros não saem de lá porque: ou não fazem sentido ou fazem-no demais. Outros porém, não são postos a nú porque contêm conteúdos tão fortes que não passam pela aprovação da minha forte censura. Por fim, há alguns que não quero partilhar com ninguém, apesar desses meus livros não terem cadeados e andarem por aí, em qualquer canto espalhados.

Friday, May 08, 2009

Papillon


Sim, porque apesar de há duas semanas trabalhar uma média de doze horas por dia o meu pensamento ainda se transporta para lugares oníricos.

Agora vou dormir quatro horas e daqui a bocado estou de volta à fábrica. Até domingo vai ser assim: trabalhar muito e dormir pouco.

Wednesday, April 29, 2009

Lista de compras (e é só a primeira)

5 latas pêssego em calda
6 latas polpa de goiaba
4 latas polpa de manga
1,25 litros leite de côco
145 folhas gelatina
43 kg açúcar
5 kg farinha sem fermento
2 embalagens Fermento Royal
5 embalagens açúcar em pó
2 kg frutos vermelhos congelados
1 kg creme de framboesa
3,75 kg amoras silvestres
7 frascos doce de morango
5 frascos doce de framboesa
30 kg manteiga
4,5 kg mascarpone
5 kg queijo creme
52 ovos inteiros
35 litros natas para bater
350 gemas de ovos
300 claras de ovos
1 litro leite
8 iogurtes naturais
3 litros de agua
6,3 kg limão
32 limas
9,5 kg laranja
7 kg Pêra
3 kg morangos
3 kg ananáa
13 mangas
3 kg maças reineta
0,5 kg côco ralado
1 kg côco seco
1 kg amêndoas
0,5 kg nozes
0,3 kg pistachios
0,4 kg mel
0,5 kg bagas
30 pacotes bolacha Maria
5 pacotes Massa filo
28 kg chocolate culinária
1 pacote cacau em pó
1 garrafa agua flor de laranjeira
1 garrafa cointreau
1 garrafa grand marnier
2 embalagens àgua de rosas
1 frasco essência de baunilha
20 vagens baunilha
10 vagens cardamomo
20 pacotes pimenta rosa
0,2 kg canela pó
1 caixa pequena de gengibre

... e as horas de sono a diminuir.


Monday, April 27, 2009

Segunda

Não deixei de sentir. Apenas sinto de maneira diferente.

Friday, April 24, 2009

Cor para dar

Finalmente consegui acabar alguma coisa que me foi encomendada.

Friday, April 10, 2009

Páscoa

Há dias que sou um perfeito anormal.
Hoje só quero dar um abraço.

Desenhos




Wednesday, April 08, 2009

Não sei o que escrever...

Tenho andado lá por fora a tentar ser normal. Viver lá fora pode ser divertido mas sinto uma falta enorme de passar por aqui, , de sonhar e divagar; pôr cá para fora o que cá está dentro. Sim, porque se viver rodeado pelos nossos sonhos é difícil, tentar apagá-los da nossa vida sem os viver é impossivel. Pelo menos para mim.

Tuesday, March 31, 2009

Gossiping

It seems to me that everyone nowadays is more interested in knowing the truth from talking with others instead of knowing it from the source. People can´t be more far from reality If they thing I gossip around. I haven´t done that since last summer.

How´s that for devotion?

Sunday, March 29, 2009

Yesterday

I was there but I haven´t seen the light.

Friday, March 27, 2009

Estou refém do meus segredos. Só "falo" deles com que o é.

Thursday, March 26, 2009

Bom dia

Há mais duas horas a tentar escrever um texto mas não consigo pôr em palavras tudo o que tenho para dizer. Por isso, antes que faça asneira outra vez (que obviamente não quero fazer), enquanto espero que o destino me apareça na esquina, a única coisa que consigo aqui expressar é a seguinte: isto é inacreditável... :)

Wednesday, March 25, 2009

Tuesday, March 24, 2009

Today only had time to do this*

In a good way, of course.

* it´s supposed to look like a very special dressing room mirror. Yours.

Monday, March 23, 2009

Sublime "40oz. to Freedom"

Não é fácil catalogar a sonoridade desta extinta banda de Long Beach, a sua música oferece-nos uma enorme variedade de estilos musicais: reggae, dub, ska, punk, hip-hop e, obviamente, rock, tudo com muito humor misturado na equação (quem mais poderia escrever a frase 24/7 devil´s best friend ?). Um dos segredos da fórmula desta banda é a utilização de inúmeros samplers de outros músicos, que são incorporados na estrutura das suas composições de maneira brilhante e extremamente original. As letras das músicas contam histórias do quotidiano num tom divertido, com mudanças de ritmo repentinas e carregadas de energia. O primeiro álbum dos Sublime foi lançado em 92 e é, muito provavelmente, o disco que ouvi mais na minha vida. A sua capa de longe uma das minhas preferidas. Já a reproduzi umas quantas vezes à mão e tenho uma delas no placard de cortiça, que está ligeiramente acima da minha cabeça na parede à minha direita. Era tão viciado neste disco que quando em 99 saiu a edição em vinil eu tive que o comprar. Foi o único disco do material acima referido que alguma vez comprei e obviamente sei muito bem onde ele está arrumado, ou melhor, desarrumado. Também já comprei duas t-shits com o tal Sol da capa, perdi-as às duas. Infelizmente no Ebay só consigo encontrar pretas, e eu, como sou teimoso que nem um burro, recuso-me a comprar porque acho que um Sol daqueles precisa de um fundo branco para se visto melhor. Em relação às músicas do 40 Oz. To Freedom elas são tantas e tão boas que é difícil falar de umas e não falar de outras, no entanto, há umas que destaco. Badfish que durante anos foi a minha música preferida, reggae do mais doce que há. Rivers of Babylon, uma cover folk da conhecida canção: violão com os amigos à volta da fogueira. DJ´s, mais uma reggaezada do melhor. Smoke Two Joints, uma cover dos The Toyes tornada famosa pelos Sublime, que é um dos hinos de fumadores de marijuana de todo o mundo. Date Rape, uma skazada que abriu os ouvidos do mundo para o talento da banda de LB. Don´t Push que tem uma das melhores romantic lines que alguma vez escutei numa música e que exemplifica na perfeição a maneira de escrever da banda e o tipo de humor utilizado por esta. (If I had a shotgun, know what I'd do, I'd point that shit straight up at the sky and shoot heaven on down for you), Hope a música da parte do Shane Powell no Momentum (filme de surf). Todas as músicas deste disco são boas e têm algo diferente para oferecer que a anterior. É daqueles trabalhos que vai crescendo à medida que as audições vão aumentando. Por ironia do destino, a banda só teve o merecido reconhecimento do seu talento depois da morte do vocalista, Brad Nowell,o cérebro da banda, devido a uma overdose de heroína, (mais pura ao que ele estava habituado) em 96. A coisa boa de artistas como Brad é que eles nunca chegam a morrer, por a sua obra fica sempre com os que cá continuam. As suas criações são infinitas e intemporais porque as podemos sempre escutar, olhar ou ler o que eles têm para nos contar. Eu subscrevo a opinião daqueles que dizem que o Elvis não morreu. Não morreu ele, nem o Cobain, nem o Bob, nem o Jimmy, nem o Morrison, nem a Joplin e muito menos o Brad. Os pintores que admiro também não morreram nem a actrizes de quem certas senhoras tanto gostam. Estão todos vivinhos da silva a beber cocktails, com algum juízinho (porque com o passar dos anos vamos aprendendo o que a vida nos ensina) num qualquer sitio paradisíaco e a viver a vida como ela deve realmente ser vivida. Para nós, comuns mortais basta-nos carregar num botão para ouvir o que eles têm para contar aos nossos ouvidos. A vida deles e a nossa continua, sempre, viva. Isso é sublime.

Thursday, March 19, 2009

Wednesday, March 18, 2009

..................................................

Às vezes sinto que estou a correr uma maratona. Vou tão concentrado na corrida que acabo por passar pela meta sem dar por isso. Continuo a correr para perceber um pouco mais à frente que já devia ter parado. É aí, nessa altura, que fico na dúvida. Será que realmente houve alguma vez uma corrida? Não terá sido tudo uma projecção da minha imaginação? Se calhar, pura e simplesmente desencontrei-me da realidade que desenhei, pela qual tenho corrido como nunca o fiz até aqui. Começo a achar que o que um anónimo escreveu há uns tempos neste espaço, que eu andava a fazer tudo errado, é capaz de ser, em parte verdade. O meu maior erro é esforçar-me em demasia e viver agarrado à ideia de que tudo na vida acontece como eu sonho. É por isso que sempre que chego ao pódio, para abrir o champanhe e levantar a taça, já não está lá ninguém...

Tuesday, March 17, 2009

Went to a mall and bought this


... and a Mocha Frappuccino. No sugar.

Monday, March 16, 2009

Mardi Bloom (and why I am so late)

I knew beforehand there were some things in the last few days you wouldn´t miss for the world.
Now that Monday has ended, Tuesday seems like a nice day to laugh and joke around
...

Friday, March 13, 2009

Convite

Uma vez, agarrei numa caixa de bombons que tinham dado à minha irmã de presente de anos e decidi prová-los um a um. Todos aqueles que gostei foram comidos, os que não foram do agrado do meu paladar tiveram um triste fim; voaram janela fora. A caixa ficou vazia, eu obviamente de castigo e a Rita, coitadinha, ficou pior que estragada. Sempre fui viciado em chocolate, se for uma tablete de 400g de Lindt com avelãs, então aí, o caldo entorna e desmonto-a meticulosamente, numa tarde se for preciso, sem misericórdia. Engraçado o facto de nunca ter sido grande apreciador de sobremesas e doces até os começar a fazer. Hoje em dia sou um verdadeiro javardo. Quando me dá a retraça de açúcar levanto o rabiosque da cadeirinha e vou pôr as mãos na massa. Estranhamente, deixei de pôr açúcar no meu café. É óbvio que há uns que me sabem maravilhosamente e outros que me sabem a barrotes queimados. Só descobri que me passava com mangas há três anos e como uma média de quatro pães por dia. Hoje já comi três. Nunca consegui encontrar croissants que me soubessem tão bem como aqueles que comia quando andava na Escola Avé-Maria. Adormeço todos os dias na mesma posição: de barriga para baixo e com a cabeça virada para a esquerda e por cima do braço do mesmo lado que substitui a almofada à qual me agarro com o braço que sobra. Para rematar, ainda cruzo as plantas dos pés sem nunca ter conseguido perceber porquê. Não tenho nenhuma cor preferida, tenho-as a todas porque gosto de as combinar e fazê-las contrastar. Adoro quando os meus sobrinhos, por quem tenho paixão, me pedem emprestados lápis para desenhar e se sentam ao meu lado para fazer rabiscos iguais aos meus. Às vezes gostava de ser polícia apenas por uma razão: multar os cabrões que lançam o caos no trânsito e que param impunemente em segunda fila em qualquer rua que tenha duas faixas nesta cidade de loucos. Há umas semanas disseram-me que eu de certeza já teria uma mansão no céu, eu respondi que me estava literalmente a cagar e que preferia uma cabana numa praia (sem vento porque não sou grande fã de kitesurf). Tenho também o sonho de reencontrar a menina vida onde a vislumbrei pela primeira vez e contar-lhe estupidezes como estas. Esse dia pode ser hoje mas eu preferia que fosse amanhã. Só lhe peço é que seja ela a marcar a hora. O sítio, esse, é o do costume…

Wednesday, March 11, 2009

It´s always worth a try...

If not today, I´ll get it someday.
It´s all good, no hard feelings

:(

I spend countless hours creating good things
I blow everything up in a second
By just being careful

Tuesday, March 10, 2009

Aprender a nadar


Não sei se mergulhe de cabeça da prancha (porque já mandei umas enormes chapas à pala de erros de cálculo), ou se continue, simplesmente, a dar umas valentes braçadas...

photo: André Carvalho

Monday, March 09, 2009

Saturday, March 07, 2009

Mexican Moon


Os Concrete Blonde são uma das minhas bandas predilectas desde os tempos em que os meus ouvidos começaram a ouvir por si, na altura da vida em que começava a descobrir o sentido da palavra liberdade. As músicas deste grupo dos subúrbios de Los Angeles eram comuns nas bandas sonoras dos meus primeiros filmes de surf e as suas cassetes, na altura muito difíceis de encontrar, sempre foram presença constante no meu walkman. Podia escrever infinitamente sobre o vozeirão da Johenette Napolitano, que me faz companhia nos mais variados momentos, bons e maus, há mais de quinze anos. Não o vou fazer, nada que escreva será suficiente para descrever o talento da senhora em questão. Não tenho uma música preferida, tenho muitas. No entanto, de entre os oitos discos de originais lançados numa carreira de vinte anos há um que é ainda mais especial que os outros e que comprei no Rio de Janeiro em 94 aquando do meu primeiro regresso à cidade maravilhosa onde nasci, “Still in Hollywood” junta raridades da banda, gravações ao vivo e covers em que a banda interpreta, magistralmente, quatro composições de outros tantos senhores do mundo da música: Bob Dylan, Nick Cave, Jimmi Hendrix e Leonard Cohen. Há vozes que ficam para sempre

Deixo a letra da primeira música do primeiro disco da banda datado de 1986 e que sempre que ouço me soa a uma espécie de manifesto. Faço dele o meu.

Well when I've had enough,
I'll get a pick-up truck and I'll drive away.
I'll take my last ten bucks just as far as it will go.

Ahh sometimes I'm easily fooled,
I take a painful step and I get knocked back two.
I do all I can and it's all I can do, but I'm true.

And if I had the choice I'd take the voice I got
Cause it was hard to find.
You know I've come too far to wind up right back where I started.
Ahh they tell me who I should be,
I'll never let the monkeys make a mess of me.
I give all I can and it's all I can do,
But I'm true.

One more sunset
Lay my head down - true
One more sunrise
Open my eyes up - true

And then they talk you up and then they talk you down
And you begin to doubt.
Sometimes the reasons seem so very far away.
Ahh but I'd stop breathing today,
but if I can't walk proud, I'd rather walk away.
I do all I am and it's all I can do,
Oh I'm true.

I'd give all I am and I'd give it to you.
So true.

Friday, March 06, 2009

Tuesday, March 03, 2009

Print Screen


Quando há uns meses abri o Suitcase pela primeira vez, para escolher que fonts usar, foi esta frase que me apareceu no monitor. Achei por bem não a mudar.

I´m feeling a bit girly

"It´s Oh So Quiet" is my all time favorite music Bjork. Add the video to the music and there´s the possibility of seeing a nice riot unfold.

http://www.youtube.com/watch?v=G1A_uSEjTIQ

Saturday, February 28, 2009

Cherry Blossom

The big picture

Is not to destroy where we live but to embrace where we´ve grown.

Tuesday, February 24, 2009

Drydock

Carnaval


Behind this mask I´m just a regular person. Someday I´ll be able to take it off and show my true face.

Monday, February 23, 2009

Porque no me callo

Não consigo perceber, o porquê de por vezes escrever tamanhas alarvidades como as que estão no texto por baixo deste. Quando estou bem disposto, como hoje, desato a insultar os pobres coitados que se atravessam à minha frente. Quando estou nublado até escrevo uma ou outra coisa, sem insultar ninguém. Acho que tenho que aprender a direccionar melhor as minhas boas energias, em vez de começar a disparar estupidezes em rajadas. Só por causa disso não vou achincalhar o Rui Santos, que há mais de meia hora só diz merda da boca para fora na SIC Notícias. Vou antes, dizer olá aos poucos que por aqui passam, desejar-lhes uma boa noite e/ou um bom dia e agradecer-lhes a paciência que têm tido para: ver e ler o bem e o mal que tenho para dizer.

Sunday, February 22, 2009

Versão Domingueiro

Nunca fui grande fã de idas à praia ao fim de semana, muito menos ao domingo. Quando era mais novo, sempre que estava de férias encarava as idas à praia nesses dias com muita relutância. Não tenho, nem nunca tive grande pachorra para enchentes, multidões e/ crowd na água. Quando estudava e trabalhava de segunda à sexta, lá tinha que me juntar à romaria carnavalesca sempre que cada sábado chegava. Lá ia eu, rumo a um qualquer areal perto de mim, onde estivesse o menor número de gente possível. Hoje em dia, o facto de conseguir encaixar idas à praia durante a semana e até mesmo uma ou outra escapadela rumo ao Sul durante os chamados dias úteis, permite-me tirar o pensamento de dentro de água durante os fins-de-semana. No entanto, por vezes, sinto uma certa nostalgia e lá me junto ao cortejo de domingueiros. Hoje, neste domingo em vésperas de Carnaval foi exactamente isso que se passou: juntei-me ao circo e fui até à praia.
O dia estava excelente, as condições de mar e vento bastante favoráveis e a maré-cheia ás duas da tarde foram os motivos que me convenceram a gladiar o batalhão de vagarosos condutores que insistem em circular pela faixa da esquerda, e não sabem que usar os retrovisores e os piscas é tão importante como olhar para a estrada. São estes fanáticos que se apoderam das estradas, vias rápidas e auto-estradas da nossa santa terrinha durante o proclamado dia do Senhor que, por vezes, esgotam a minha infinita paciência e a de qualquer ser com mais de 1/4 de palmo de testa. Apanhei um amigo em sua casa por volta da uma, depois de ter atravessado uma Lisboa praticamente vazia de carros e rumámos em direcção a um aborto urbanístico, chamado Fonte da Telha. O facto de eu e o meu compincha já andarmos nestas lides há muito tempo, permite-nos antecipar os movimentos das alforrecas domingueiras e traçar um plano de ataque. O de hoje foi: uma vez que o domingueiro de pedigree mais apurado só sai de casa depois de encher bem a pança e de bem regar os seus cornos de vinho, se chegássemos por volta da hora do almoço podíamos fazer a maré e arrancar para casa na hora em que o rebanho começasse a chegar em massa para pastar. Por volta da uma e meia chegámos ao nosso destino, depois de uma viagem sem sobressaltos de maior e sem apanhar carros ligeiros a circular à velocidade de tractores. Para quem nunca foi à Fonte (o carinhoso petit nom que usamos quando nos referimos ao acima referido aborto) imaginem uma arriba onde está plantada um misto de favela sul-americana, com bairro de pescadores mais uma catrefada de restaurantes que nunca devem ter ouvido falado da ASAE, muito menos de condições de higiene e aos quais ultimamente se juntaram nos últimos anos uma mão cheia de bares de praia onde se juntam todos os tipos pingarelhos e chelitos da margem sul. O mundialmente conhecido Tarzan Taborda (1935/2005), o wrestler português mais famoso de todos os tempos não deve ter escolhido aquele lugar para montar o seu ginásio e centro de treinos por mero acaso. Naquele enclave, todo ele ilegal, os cães são reis e senhores da esburacada estrada de areia e circulam livremente, sem coleira e ladram que nem uns filhos da puta quando a caravana passa, e não têm qualquer problema em arreganhar o dente a quem ouse passar mais rente ao seu território. Os barracos crescem indiscriminadamente arriba acima que nem cogumelos. Aquela merda é tão feia que ao fim de um tempo começamos a achar aquilo tudo muito querido e pitoresco, com um amoroso toque kistch. A única coisa que salva aquele lugar, e a única razão pela qual eu lá vou é o seu areal de perder de vista e as ondas que por lá rebentam. Há quase uns dez anos, também num domingo passado a surfar na Fonte, depois de sair da água enquanto tirava o meu fato, passou um casal de domingueiros famosos num carro: nem mais nem menos que o ex. Presidente da República Mário Soares acompanhado da sua ilustre esposa Maria Barroso. Até aqui nada de mais, é normal vermos figuras públicas na via pública, o que não é normal é elas verem marmanjos com idade para terem juízo de t-shirt a cobrir o tronco e como vieram ao mundo da cintura para baixo. Aquele momento teve tanto de hilariante como de embaraçoso mas, hoje em dia, quando me lembro só me consigo rir. Espero é que o Marocas e sua saudosa Maria não se tenham ofendido com o meu promíscuo exibicionismo. Hoje, assim que estacionei o carro, apressadamente comecei a olhar para o mar para tentar descortinar um sítio onde pudesse estar sossegado e na minha, longe do pico onde vinte gajos lutavam pelas ondas. Em menos de dois minutos vislumbrei umas esquerdas perto da areia, com força e sem ninguém por perto. Cinco minutos depois de ter parado o carro estava a entrar na água. Duas ondas depois deixei de estar sozinho e quinze minutos depois éramos quase dez: lá se foi o sossego. É normal coisas destas acontecerem: um gajo entrar num sítio e passados poucos minutos ter a companhia indesejada de uma data de amiguinhos que precisam que os outros lhes mostrem onde estão as ondas. Apesar disso não me posso queixar, apanhei o meu quinhão de ondas e sai satisfeito da água quando a maré vazou demais para o pico onde estava e a uma leve nortada se instalou. Desta vez usei toalha para tirar o fato, e depois de vermos que o número de carros estacionados aumentara substancialmente decidimos arrumar as coisinhas e fazermo-nos à estrada. A risota começou quando começámos a subir a única estrada que dá acesso à Fonte da Telha: no nosso sentido não havia trânsito de maior enquanto no outro estava tudo parado desde o alto da arriba até lá abaixo. Deixei de rir assim que apanhei pela frente um anormal a guiar um Fiesta branco que, não sei bem porquê, quase não passou dos 50 numa zona em que podia ir a 90. Talvez o rafeiro de rabo alçado que fazia companhia à besta e lhe babava a chapeleira da mala enjoa se ele circular mais depressa. Fora isso, a viagem de regresso foi rápida, não chamei nomes à mãe de ninguém nem fiz manguitos ao pai de nenhum puto. Não havia trânsito nenhum no garrafão e passadas três horas estava de volta à casa da partida.
Enquanto os meus semelhantes de hoje, os domingueiros, enchiam os acessos de Lisboa no seu regresso a casa eu andei a dar saltos na corda-bamba, tomei banho, fiz a barba, deitei-me na minha rede e alimentei-me. Agora que são quase dez da noite, estou por casa há já umas boas horas e estou quase a acabar mais um texto em que só digo mal. Tenho uns chinelos nos pés que têm tanto de foleiros como de confortáveis e estou calmamente à espera que comece a noite em que são premiados os melhores filmes do ano que passou. Este foi o filme do meu dia. A minha longa-metragem continua já a seguir.

Prémio Gelado na Testa

Chego aqui, por entre portas e janelas rodo uma chave que me traz cá para dentro e descubro que podia ter feito qualquer coisa lá por fora, neste dia em que todos puxámos para o mesmo lado e em que eu andei lá fora, de manhã até agora.

Wednesday, February 18, 2009

Monday, February 16, 2009

Saudades

Do que já tive e do que já passou, de dar aquilo que tenho sem esperar receber nada em troca, apesar de por vezes receber muito mais do que realmente mereço. Tenho saudades de muita, mesmo muita coisa, mas acima de tudo tenho-as de tudo aquilo que jamais foi meu, daquilo que nunca deixei de querer e da qual sinto a maior falta: isto tudo.

Wednesday, February 11, 2009

Portas

Prédio de seis andares e respectivas portas

Monday, February 09, 2009

Learning to walk

I got again to that point in time where things finally seem to go my away. Many times in the past I felt like this: that I had reached that starting point where I wanted to be. Every time I took a step forward I fell into the abyss, got chased by cops and had to start all over again. Again and again. I really want to take a few more steps and walk across the bridge that crosses this abyss. Help and push me, please...

Sunday, February 08, 2009

O meu fim de semana

3 noites / 3 dias
36 horas de trabalho (em pé)
13 horas de sono
7 idas ao supermercado
3 refeições
12 cafés

... I´m home

Friday, February 06, 2009

Being

A common mistake most people make in life (and above all people, I include myself) is trying to reach or imagining perfection instead of just living their own simple existence. Trying, dreaming or wishing are a far cry from being bad things to do, by the contrary. The danger happens when we do them too much, that can pose a real threat and create a true enemy of our peace of mind because they are full of deception, misunderstandigs and false assumptions. We aren´t bad or weak people, we really aren´t. Our major flaws are being naive and dream driven, and for that matter, we are always trying to paint the most beautiful of paintings. We constantly try too hard and too much. On the majority of those occasions we end up getting a messy stain of colors instead of a clear flowing picture. It´s sad because it was never our intention to do things that way; it is never our goal to feel in our own flesh and blood good intentions gone bad and beliefs melt into bitterness and disbelief, leaving little or no trace of hope. Obviously, whenever something like that takes place it´s never a pleasant experience. No matter how many times it happens or how much weve grown since the last nightmare, when it hits, it always feels like the first time. You always feel the pain. That, always, heartbreaking pain. Falling from a high expectations flight always hurts. Crashing on the hard ground and finally exploding its hundred times more painful. The effects of such blasts are as devastating as nuclear bombs. We go from being one to become millions of tiny pieces, spread out all over the earth where we crashed, that same ground where we live. We never seem to suffer from the failure of our cherished wishes inside the imaginary studio where we sculpt them. Our wings never go up in flames on the palaces where we dream. They burn along with the hardwood floor of the house where we live. The price of those failures is not paid during the dreamy eight hour shift of our sleep. Instead, we do it when our eyes are widely open and we are awake, when we are living and being the person we are. When we are working to be. That is why it hurts some much to you, me and everyone else that wishes, dreams or tries too much. It would be so nice if we all could finally let go from reaching the sky on a hot air balloon, and could stay for once, with both feet planted on the ground not wishing for anything. Just being who we are.

Wednesday, February 04, 2009

South Park

Drifting Along in the 4th Grade

Tuesday, February 03, 2009

Monday, February 02, 2009

Planet of Freaks

Dreamers always want
A better view of the moon
My grandmother would like her tea
With a half more sugar spoon

A child cries for a new car toy
While the mother hopes for a distant day of joy
And of a husband that doesn´t act like a boy

Some girls desire to live
On a gothic palace tower
While others would kill
To receive a red flower

Most boys desire to grow into men
One night they´re grown
And in need of a new blade
For the next morning shave

The junkie always wants a better deal from his dealer
That wants better fumes and cheaper mules
A lead singer wants another trip
To ride the snake in a dune
Rock bands sell their souls
To release their most played tune
Every writer pursues more inspiration
To write another page full
And we all wish to sleep until noon

The bumb always needs an extra dime
Criminals one last crime
Whores another sweet ride
Someone please give them back their pride

Smokers at all times need a last drag
From their dying friend
The cigarrete
Alcoholics another round
Of that venom they have found

Some people seek more than one love
Many just want a piece of it
And hope not to lose its grip
Once they have reached the peak

Politicians want more power
Every day many priests pray
To have the most angelical choir
And not to burn in the hell´s fire

Militaries ask for more guns and ammunition
School children parents for lower mortgages and tuition
Lawyers at any cost always want the reason
Some of their clients must hunt one more victim
Because they desperately need to get back to prison

Spies will forever whisper
Extra secrecy...
College graduates will always scream
Civil rights and a job opportunity!
Repressed minorities will always suffer
For their equality

Actors and actresses keep hoping
For an award winning part
Some people always crave
Of one last slice
From that delicious chocolat tart

Warriors will never stop pursuing more glory
And old couples one last breath of their memory
To remember their neverending story
Before becoming ashes at the crematory

As for me
The only thing I want is a clear Sun´s peek
In between all this rain
That´s been pouring for weeks
In this planet of freaks

Saturday, January 31, 2009

Friday Night Coke Fever

“Queres um cheiro?”
“Não obrigado, de há uns anos para cá que só uso farinha de trigo.”

Thursday, January 29, 2009

Motivational Speech

January

It hasn't even finished and it already feels like a whole year.

Saturday, January 24, 2009

Não és novo demais para brincar com o karma?


De vez em quando lembro-me da sua existência e faço contas aos anos em que ela me tem feito companhia: são vinte seis. Em algumas dessas vezes paro o que estou a fazer e vou olhar para ela. Paro junto ao espelho e começo por afastar os primeiros cabelos da franja para a ver, percorro-a com os olhos pelo comprimento todo da minha testa. De seguida faço uma curva à esquerda e começo a subir enquanto os meus dedos continuam a ziguezaguear para ir desviando o cabelo que encobre a cicatriz gigante que me preenche a cabeça. Certa altura tenho que parar porque a minha visão não tem potência suficiente para alcançar a parte de trás da minha cabeça, por isso, nunca chego a ver-lhe o fim. Não digo que ela cresceu comigo porque já nasceu grande mas eu certamente cresci com ela, escondida é certo, mas cresci.
Foi nos primeiros meses de 1983 quando aconteceu, num domingo normal na despreocupada vida de uma criança de cinco anos e meio. O meu pai deixou-me ao inicio da tarde numa festa de um amigo, do qual não me recordo do nome e que vivia na Rua da Junqueira. Lembro-me da sua casa e de alguma das divisões desta, de sair dela e me despedir dos anfitriões, de começar a descer as escadas com o meu pai e a minha irmã rumo ao carro. O que nunca contei a ninguém até hoje é que trazia num dos meus bolsos um carrinho que roubei ao meu amigo.
A imagem que se segue sou eu a acordar deitado numa maca e com um mundo inteiro de olhos a olhar para mim. De seguida, entrei numa ambulância. A minha irmã diz que durante a viagem do sitio do acidente até ao hospital eu ria à gargalhada. Adorava lembrar-me desse meu ataque riso compulsivo mas não consigo, a imagem que guardo dessa viagem sou eu deitado na maca a olhar para cima e ver a Rita ao colo do meu pai, vestido com um loden verde até aos pés a dizer ao condutor para se despachar. Depois disso lembro-me de passar a noite deitado a ver todo de baixo para cima e de me raparem o cabelo para me poderem voltar a colocar o escalpe. Devido ao perigo de hemorragias internas mantiveram-me acordado durante todo o tempo que o cirurgião precisou para cozer os mais de cento e quinze pontos (deixaram de contar a partir daí) que foram precisos para voltar a fechar a minha cabeça. Durante todas essas horas fui conversando com a minha mãe (que não largou a minha mão durante um único segundo) e com o médico ao mesmo tempo que este me cozia. Lembro-me de acordar no dia seguinte na cama da minha irmã e ver um dia de céu azul pela janela, de estar radiante por ter no meu pulso uma pulseira do hospital com o meu nome (não sei porquê achei piada aquela merda). Acima de tudo, lembro-me do olhar aliviado dos meus pais por terem acordado daquele pesadelo e verem que apesar daqueles pontos todos que me preenchiam a cabeça eu continuava igual ao que sempre fora. Outras duas cenas desse episódio que também me ficaram gravadas na memória foram: a enfadonha e demorada tarde em que me tiraram os pontos e a manhã em que voltei à escola. O regresso às aulas foi algo estranho, cheguei à sala de aula e já estavam todos sentados e eu por breves instantes fiquei em pé diante de mais de duas dezenas de crianças enquanto estas me contemplavam num misto de olhares assustados e desconfiados, provavelmente a perguntando eu ainda seria como eles enquanto inspecionavam a cicatriz monstra que me preenchia a cabeça. Depois disso voltei para o meu lugar na sala de aula da Eduarda e voltei a misturar-me com os outros, o meu cabelo voltou a crescer, muito rápido como hoje em dia, e escondeu esta minha enorme marca. Ficou apenas visível uma cicatriz pequena ( neste caso pequena é subjectivo) junto à minha sobrancelha esquerda que eu achava imensa piada porque era, e obviamente continua a ser, um J invertido. Fui acompanhado frequentemente durante os dois anos que se seguiram por dores de cabeça e que felizmente desapareceram. Acho que tive uma sorte incrível por não ter ficado desfigurado e da cicatriz ser imperceptível para quem não sabe que a tenho. O carro em que seguíamos ficou totalmente destruído e eu fui o único que teve ferimentos graves. Os pontos da minha irmã e do meu pai somados correspondiam apenas ao pontos do meu J invertido; a minha cicatriz pequena. Até hoje guardo outra imagem na minha memória vista de uma posição diferente das outras: não de baixo para cima mas de cima para baixo. Os meus olhos alguns metros acima do chão observando-me e olhando para o meu corpo e o da minha irmã a dormir profundamente no banco do carro. Até hoje não sei de onde me vem essa imagem; se a sonhei ou se o meu espírito chegou mesmo a sair do meu corpo. Não sei mesmo.
Lembrei-me de escrever sobre esta memória algo cinzenta da minha vida não por estar de mal com ela, porque estou longe de estar, mas apenas porque esta manhã voltei a afastar os meus cabelos para espreitar a minha cicatriz com mais de um palmo de comprimento e cheia de curvas e contra-curvas e tive vontade de contar esta pequena parte da minha história de vida. Às vezes, e por acreditar nessas coisas, penso se tudo isso que me aconteceu não terá sido mau karma da minha parte. Talvez se eu não tivesse desfalcado a garagem de carrinhos do meu amigo, se não me tivesse apoderado do que era seu nada daquilo me teria acontecido; aquele camião sem reflectores não estaria estacionado onde estava, não nos teríamos enfaixado na sua traseira e eu não teria uma boa história para contar, é que, a brincar a brincar aprende-se a conduzir a sério. A história da minha vida, essa ainda tem que ser vivida...

Mini Me

Wednesday, January 21, 2009

Monday, January 19, 2009

Tuesday, January 13, 2009

Al Redial

There´s no extraterrestrial life outside our planet.