Graphic designer, ilustrator with a pseudo-artistic vein. I try to earn my living as a freelancer while I depict the world as I see it, always with the hope that some charitable and enlightned soul ( who knows, maybe both) likes my work. There are two things I can´t live without since I was a kid, music and waves. I´m still a kid today with none or little will to grow up. Maybe someday that will happen, but until then, I´ll continue to unveil my world of lines, color and fantasy.
Saturday, February 28, 2009
Tuesday, February 24, 2009
Carnaval
Monday, February 23, 2009
Porque no me callo
Sunday, February 22, 2009
Versão Domingueiro
O dia estava excelente, as condições de mar e vento bastante favoráveis e a maré-cheia ás duas da tarde foram os motivos que me convenceram a gladiar o batalhão de vagarosos condutores que insistem em circular pela faixa da esquerda, e não sabem que usar os retrovisores e os piscas é tão importante como olhar para a estrada. São estes fanáticos que se apoderam das estradas, vias rápidas e auto-estradas da nossa santa terrinha durante o proclamado dia do Senhor que, por vezes, esgotam a minha infinita paciência e a de qualquer ser com mais de 1/4 de palmo de testa. Apanhei um amigo em sua casa por volta da uma, depois de ter atravessado uma Lisboa praticamente vazia de carros e rumámos em direcção a um aborto urbanístico, chamado Fonte da Telha. O facto de eu e o meu compincha já andarmos nestas lides há muito tempo, permite-nos antecipar os movimentos das alforrecas domingueiras e traçar um plano de ataque. O de hoje foi: uma vez que o domingueiro de pedigree mais apurado só sai de casa depois de encher bem a pança e de bem regar os seus cornos de vinho, se chegássemos por volta da hora do almoço podíamos fazer a maré e arrancar para casa na hora em que o rebanho começasse a chegar em massa para pastar. Por volta da uma e meia chegámos ao nosso destino, depois de uma viagem sem sobressaltos de maior e sem apanhar carros ligeiros a circular à velocidade de tractores. Para quem nunca foi à Fonte (o carinhoso petit nom que usamos quando nos referimos ao acima referido aborto) imaginem uma arriba onde está plantada um misto de favela sul-americana, com bairro de pescadores mais uma catrefada de restaurantes que nunca devem ter ouvido falado da ASAE, muito menos de condições de higiene e aos quais ultimamente se juntaram nos últimos anos uma mão cheia de bares de praia onde se juntam todos os tipos pingarelhos e chelitos da margem sul. O mundialmente conhecido Tarzan Taborda (1935/2005), o wrestler português mais famoso de todos os tempos não deve ter escolhido aquele lugar para montar o seu ginásio e centro de treinos por mero acaso. Naquele enclave, todo ele ilegal, os cães são reis e senhores da esburacada estrada de areia e circulam livremente, sem coleira e ladram que nem uns filhos da puta quando a caravana passa, e não têm qualquer problema em arreganhar o dente a quem ouse passar mais rente ao seu território. Os barracos crescem indiscriminadamente arriba acima que nem cogumelos. Aquela merda é tão feia que ao fim de um tempo começamos a achar aquilo tudo muito querido e pitoresco, com um amoroso toque kistch. A única coisa que salva aquele lugar, e a única razão pela qual eu lá vou é o seu areal de perder de vista e as ondas que por lá rebentam. Há quase uns dez anos, também num domingo passado a surfar na Fonte, depois de sair da água enquanto tirava o meu fato, passou um casal de domingueiros famosos num carro: nem mais nem menos que o ex. Presidente da República Mário Soares acompanhado da sua ilustre esposa Maria Barroso. Até aqui nada de mais, é normal vermos figuras públicas na via pública, o que não é normal é elas verem marmanjos com idade para terem juízo de t-shirt a cobrir o tronco e como vieram ao mundo da cintura para baixo. Aquele momento teve tanto de hilariante como de embaraçoso mas, hoje em dia, quando me lembro só me consigo rir. Espero é que o Marocas e sua saudosa Maria não se tenham ofendido com o meu promíscuo exibicionismo. Hoje, assim que estacionei o carro, apressadamente comecei a olhar para o mar para tentar descortinar um sítio onde pudesse estar sossegado e na minha, longe do pico onde vinte gajos lutavam pelas ondas. Em menos de dois minutos vislumbrei umas esquerdas perto da areia, com força e sem ninguém por perto. Cinco minutos depois de ter parado o carro estava a entrar na água. Duas ondas depois deixei de estar sozinho e quinze minutos depois éramos quase dez: lá se foi o sossego. É normal coisas destas acontecerem: um gajo entrar num sítio e passados poucos minutos ter a companhia indesejada de uma data de amiguinhos que precisam que os outros lhes mostrem onde estão as ondas. Apesar disso não me posso queixar, apanhei o meu quinhão de ondas e sai satisfeito da água quando a maré vazou demais para o pico onde estava e a uma leve nortada se instalou. Desta vez usei toalha para tirar o fato, e depois de vermos que o número de carros estacionados aumentara substancialmente decidimos arrumar as coisinhas e fazermo-nos à estrada. A risota começou quando começámos a subir a única estrada que dá acesso à Fonte da Telha: no nosso sentido não havia trânsito de maior enquanto no outro estava tudo parado desde o alto da arriba até lá abaixo. Deixei de rir assim que apanhei pela frente um anormal a guiar um Fiesta branco que, não sei bem porquê, quase não passou dos 50 numa zona em que podia ir a 90. Talvez o rafeiro de rabo alçado que fazia companhia à besta e lhe babava a chapeleira da mala enjoa se ele circular mais depressa. Fora isso, a viagem de regresso foi rápida, não chamei nomes à mãe de ninguém nem fiz manguitos ao pai de nenhum puto. Não havia trânsito nenhum no garrafão e passadas três horas estava de volta à casa da partida.
Enquanto os meus semelhantes de hoje, os domingueiros, enchiam os acessos de Lisboa no seu regresso a casa eu andei a dar saltos na corda-bamba, tomei banho, fiz a barba, deitei-me na minha rede e alimentei-me. Agora que são quase dez da noite, estou por casa há já umas boas horas e estou quase a acabar mais um texto em que só digo mal. Tenho uns chinelos nos pés que têm tanto de foleiros como de confortáveis e estou calmamente à espera que comece a noite em que são premiados os melhores filmes do ano que passou. Este foi o filme do meu dia. A minha longa-metragem continua já a seguir.
Prémio Gelado na Testa
Friday, February 20, 2009
Wednesday, February 18, 2009
Monday, February 16, 2009
Saudades
Do que já tive e do que já passou, de dar aquilo que tenho sem esperar receber nada em troca, apesar de por vezes receber muito mais do que realmente mereço. Tenho saudades de muita, mesmo muita coisa, mas acima de tudo tenho-as de tudo aquilo que jamais foi meu, daquilo que nunca deixei de querer e da qual sinto a maior falta: isto tudo.
Wednesday, February 11, 2009
Monday, February 09, 2009
Learning to walk
Sunday, February 08, 2009
O meu fim de semana
36 horas de trabalho (em pé)
13 horas de sono
7 idas ao supermercado
3 refeições
12 cafés
... I´m home
Friday, February 06, 2009
Being
Wednesday, February 04, 2009
Tuesday, February 03, 2009
Monday, February 02, 2009
Planet of Freaks
A better view of the moon
My grandmother would like her tea
With a half more sugar spoon
A child cries for a new car toy
While the mother hopes for a distant day of joy
And of a husband that doesn´t act like a boy
Some girls desire to live
On a gothic palace tower
While others would kill
To receive a red flower
Most boys desire to grow into men
One night they´re grown
And in need of a new blade
For the next morning shave
The junkie always wants a better deal from his dealer
That wants better fumes and cheaper mules
A lead singer wants another trip
To ride the snake in a dune
Rock bands sell their souls
To release their most played tune
Every writer pursues more inspiration
To write another page full
And we all wish to sleep until noon
The bumb always needs an extra dime
Criminals one last crime
Whores another sweet ride
Someone please give them back their pride
Smokers at all times need a last drag
From their dying friend
The cigarrete
Alcoholics another round
Of that venom they have found
Some people seek more than one love
Many just want a piece of it
And hope not to lose its grip
Once they have reached the peak
Politicians want more power
Every day many priests pray
To have the most angelical choir
And not to burn in the hell´s fire
Militaries ask for more guns and ammunition
School children parents for lower mortgages and tuition
Lawyers at any cost always want the reason
Some of their clients must hunt one more victim
Because they desperately need to get back to prison
Spies will forever whisper
Extra secrecy...
College graduates will always scream
Civil rights and a job opportunity!
Repressed minorities will always suffer
For their equality
Actors and actresses keep hoping
For an award winning part
Some people always crave
Of one last slice
From that delicious chocolat tart
Warriors will never stop pursuing more glory
And old couples one last breath of their memory
To remember their neverending story
Before becoming ashes at the crematory
As for me
The only thing I want is a clear Sun´s peek
In between all this rain
That´s been pouring for weeks
In this planet of freaks